Seja bem-vindo ao Alycia Debnam Carey Brasil, sua maior e melhor fonte brasileira sobre a atriz. Aqui você encontrará informações sobre seus projetos, campanhas e muito mais, além de entrevistas traduzidas e uma galeria repleta de fotos. Navegue no menu abaixo e divirta-se com todo o nosso conteúdo. Esperamos que goste e volte sempre!
O site Deadline revelou nesta quarta-feira (09) que Alycia Debnam-Carey acaba de se juntar ao elenco do novo filme da franquia Godzilla x Kong.
Ainda sem título oficial, o longa segue em segredo quanto aos detalhes da trama e da personagem de Alycia, mas já sabemos que vem coisa boa por aí! Ela vai dividir a tela novamente com Kaitlyn Dever, sua parceira de cena na série da Netflix Apple Cider Vinegar. Uma dupla e tanto! Também estão confirmados Jack O’Connell, Matthew Modine, Delroy Lindo e Dan Stevens, que retorna como o veterinário Trapper Beasley — personagem que conquistou os fãs em Godzilla x Kong: O Novo Império, o filme mais lucrativo da franquia até agora.
A direção fica por conta de Grant Sputore (I Am Mother), e o roteiro é assinado por Dave Callaham, o mesmo de Shang-Chi. A trama ainda está sob sigilo, mas já foi revelado que Godzilla e Kong estarão de volta, enfrentando uma nova ameaça de proporções apocalípticas.
Desde sua estreia em 2014 com Godzilla, o Monsterverse da Legendary só cresceu: tivemos Kong: A Ilha da Caveira, Godzilla II: Rei dos Monstros, além da série animada Skull Island e a produção da Apple TV+ Monarch: Legacy of Monsters. Juntos, os títulos já arrecadaram mais de 2,5 bilhões de dólares ao redor do mundo.
Depois de brilhar em Apple Cider Vinegar, ela também se destacou no filme It’s What’s Inside, um terror com pitadas de comédia que bombou no Festival de Sundance 2024 — e ainda foi arrematado pela Netflix em um dos acordos mais comentados do ano. Representada pelas agências UTA, Entertainment 360, United Management (Austrália) e Hansen, Jacobson, Teller, Alycia Debnam-Carey promete trazer ainda mais força e carisma ao universo dos Titãs.
Agora é só esperar mais novidades e, claro, preparar o coração para ver Godzilla, Kong e Alycia brilhando juntos nas telonas!
Recentemente a revista Story and Rain publicou uma nova entrevista feita com a atriz Alycia Debnam-Carey, junto com um belo photoshoot e um episódio de Podcast. Confira logo abaixo a entrevista completa em portugês:
Tamara Rappa: Como sua exposição precoce às artes influenciou você?
Alycia Debnam-Carey: Cresci em um ambiente muito criativo. Minha mãe era roteirista de programas infantis e meu pai era músico, o que me incentivou bastante desde cedo. Uma das minhas primeiras lembranças é assistir a um documentário sobre Picasso quando eu tinha uns 4 ou 5 anos e ficar obcecada. Minha mãe tinha uma amiga que trazia papel manteiga e carvão para que eu desenhasse. O desenho se tornou uma forma de expressão para mim e, até hoje, se estou muito estressada, volto a desenhar como um meio de foco e meditação.
Minha mãe também me levava para os sets onde trabalhava. Sempre fui uma criança muito determinada e confiante, então me sentia à vontade nesses ambientes. A criatividade é a essência do que sou. Minha atenção se voltou para a música por muito tempo, depois para a atuação, mas também dancei por anos. Tudo isso me ajudou a desenvolver um olhar estético e uma identidade criativa que permeia minha vida.
TR: Qual é o papel da música em sua vida hoje?
ADC: A música sempre foi uma grande paixão. Meu pai tocava os clássicos para mim e isso me marcou profundamente. Eu me envolvi com bandas e orquestras, e também me apaixonei por trilhas sonoras. Faço playlists para diferentes momentos e projetos. Também tenho fases de obsessão, como quando assisti a um documentário do Led Zeppelin e mergulhei no rock clássico.
Embora não dance mais, ultimamente senti vontade de voltar ao balé. Trouxe minhas sapatilhas da casa dos meus pais em Sydney para Los Angeles na esperança de retomar. Também quero voltar a tocar piano, mas minha relação com a música se tornou muito competitiva e acabei me afastando. Agora estou tentando reengajar com esse lado de uma maneira mais leve.
TR: Como tem sido colaborar com marcas de luxo como Dior e Cartier?
ADC: Um sonho. Sempre fui fascinada por moda. Quando tinha 12 anos, comprei minha primeira Vogue e fiquei encantada com aquele universo. Trabalhar com a Dior foi incrível. Visitei o ateliê de Christian Dior em Paris e vi de perto o nível de detalhe e dedicação da marca. A moda é uma forma de expressão tão poderosa e Christian Dior sempre quis que as mulheres se sentissem bem consigo mesmas.
TR: Como você enxerga sua fama na Austrália versus nos Estados Unidos?
ADC: É uma experiência única. Muitos atores australianos acabam construindo suas carreiras nos EUA porque nossa indústria é menor. Durante muito tempo, era conhecida na América, mas não na Austrália. Isso está mudando agora, mas já me gerou reflexões sobre reconhecimento e pertencimento. Meu sonho sempre foi fazer um grande filme australiano, daqueles dramas crus e belíssimos como Animal Kingdom.
TR: Algum aspecto da sua carreira ainda não foi contado?
ADC: Algo que estou cada vez mais animada é a direção. Dirigir um episódio de Fear the Walking Dead foi uma experiência incrível e desafiadora. Quero explorar mais esse caminho, talvez escrevendo meus próprios roteiros para viabilizar projetos. Como atriz, você tem pouco controle sobre o produto final, mas como diretora, pode dar forma à sua visão.
TR: Como você guia sua carreira?
ADC: Tenho uma visão do que quero, mas aprendi que a indústria não é uma meritocracia e nem tudo está sob meu controle. É importante ter metas amplas, como querer dirigir ou protagonizar um filme na Austrália, mas sem se apegar demais aos detalhes do caminho. Aprendi a fluir mais com as oportunidades.
TR: Como você vê o momento atual da televisão?
ADC: Há muito mais espaço para histórias variadas. Antigamente, você fazia um grande filme ou uma série longa. Hoje, roteiros fantásticos atraem até os maiores astros de Hollywood para a TV. Como atriz, é incrível explorar um personagem profundamente sem estar presa a sete temporadas.
TR: O que permitiu que você entregasse performances tão autênticas em papéis intensos?
ADC: Meu foco é encontrar a verdade em cada personagem. Quando a interpretação vem de um lugar autêntico, o público sente isso. Muitas vezes, o que imaginamos que será uma cena emocionante sai de forma inesperada, mas se for verdadeiro, funciona.
TR:Apple Cider Vinegar, baseado na história de Belle Gibson, tem sido um sucesso estrondoso. Por que essa história ressoa tão profundamente com o público?
ADC: Porque é muito mais do que um golpe. O público tem fascínio por crimes reais, mas a história também explora a complexidade das indústrias de saúde e bem-estar. Todo mundo conhece alguém que enfrentou uma doença grave e somos bombardeados por informações contraditórias sobre saúde diariamente. A trama mostra como as pessoas buscam alternativas quando se sentem desamparadas pela medicina tradicional.
TR: Como você compara a indústria do bem-estar na Austrália e nos EUA?
ADC: Na Austrália, o foco é mais na qualidade de vida, na alimentação e no bem-estar físico. Nos EUA, há uma forte presença da indústria farmacêutica e uma grande valorização da terapia. A relação com a comida também é diferente. Na Austrália, há uma cultura alimentar mais natural, enquanto nos EUA, muitos produtos contêm ingredientes processados em excesso.
TR: Interpretar alguém tão gravemente doente afetou sua visão sobre a própria mortalidade, seja ao longo do projeto ou agora, de forma mais ampla, depois de fazer parte dele?
ADC: Eu subestimei o quanto isso me afetaria. Então, sim. Não foi um estado mental fácil de se manter por tanto tempo. Foi emocionalmente muito difícil. Demorei um bom tempo para me desvencilhar disso depois. A forma como isso mudou minha percepção sobre a mortalidade foi me dando mais empatia, compaixão e compreensão pelas pessoas que estão lutando para se recuperar de algo.
TR: Imagino que agora você tenha uma empatia imensa e única por quem realmente passa por algo parecido com o que você retratou em Apple Cider Vinegar…
ADC: …Sim, e também pelas histórias que ouvi. Desde conversas casuais, como com um barista da cafeteria que eu frequentava durante as filmagens, até pessoas que vinham compartilhar experiências pessoais. Ouvi histórias como: “Meu pai passou por isso. Ele foi diagnosticado com câncer e só queria recorrer a um chá peruano específico…”. Existem tantas camadas e complexidades, desde o impacto na família até as consequências mais amplas. Essa experiência me fez perceber o quanto a doença pode ser traumática e abrangente, além de me dar uma nova perspectiva sobre a cultura do bem-estar – como ela pode ser chocante e, às vezes, destrutiva. Há, claro, muitos aspectos positivos, mas o bem-estar se tornou estranhamente ligado à beleza, ao sucesso e à felicidade. Estamos todos imersos nisso. Quantos influenciadores de bem-estar são jovens e lindos, e a mensagem acaba sendo sobre aparência e status? Isso não conta a história completa – e está completamente errado.
TR: Você adota práticas de bem-estar na sua vida?
ADC: Sim, como a maioria das pessoas. E é isso que torna esse assunto tão complicado. Quero sair, tomar uma garrafa de vinho, fumar um cigarro e comer queijo. No dia seguinte, penso: “Hora do suco verde e do yoga”. Estamos todos tentando encontrar equilíbrio. Eu diria que tenho uma relação saudável com o bem-estar. Quero ser o mais saudável possível, e para mim isso envolve manter o corpo em movimento – faço exercícios, pilates, yoga. Também priorizo a saúde mental, porque lido com ansiedade. Para gerenciar isso de forma saudável, escrevo muito em um diário. Como mencionei antes, a arte também me ajuda. Mas, ao mesmo tempo, coloco colágeno no meu smoothie esperando parecer mais jovem por mais tempo. Também há os básicos, como dormir bem e beber bastante água.
É curioso, porque Apple Cider Vinegar se passa na era do girl boss, nos anos 2010, quando o trabalho excessivo e a privação de sono eram vistos como sinais de sucesso. Quanto menos você dormia e mais trabalhava, mais impressionante e importante você era. Hoje, esse conceito foi completamente invertido, e as pessoas finalmente perceberam a importância do descanso.
TR: Morando em Los Angeles, você já conhecia Jordan Younger, influenciadora de bem-estar e apresentadora de podcast mencionada na série, antes de ler o roteiro de Apple Cider Vinegar? Você concorda com a visão dela de que a série difama o bem-estar e a cura holística?
ADC: Acho que essa pergunta é mais para o Sam (criador da série), mas não concordo com essa visão. Esse foi um grande escândalo na Austrália, um marco da cultura pop para nós, algo que já vimos se repetir pelo mundo. Não acho que o Sam tenha feito Apple Cider Vinegar como uma crítica destrutiva. Acho que ele queria explorar um momento muito específico da cultura: o surgimento das redes sociais e o imenso poder que elas trouxeram, sem qualquer tipo de regulamentação. Foi uma época em que as mulheres buscavam novos espaços para se expressar e criar negócios que antes não eram possíveis.
TR: Ótima observação. Foi uma história grande e diferente na Austrália.
ADC: Sim, foi algo muito prejudicial. O que essa pessoa fez foi terrível. Mas, como disse, não acho que a série tenha sido feita como um ataque. O objetivo era capturar esse momento em que a indústria do bem-estar explodiu nas redes sociais, especialmente entre mulheres jovens. O mais fascinante é que nossa história é focada nelas. São quatro mulheres e suas experiências nesse contexto. Eu mesma vivi isso crescendo na era das redes sociais. Lembro de ter criado minha conta no Instagram aos 17 anos, quando tive meu primeiro celular, e como isso mudou nossa forma de viver sem que percebêssemos. Sam quis registrar esse período específico da história da saúde e do bem-estar, por meio da história de uma jovem que enganou o mundo inteiro.
TR: Depois de tantos projetos, você está tirando um tempo para relaxar? O que vem a seguir?
ADC: Estou tentando voltar a uma rotina normal e estruturada. Essa maratona de entrevistas me deu energia e me ajudou a finalizar o roteiro que estou escrevendo.
TR: Isso é incrível! E bom saber que você está aproveitando essa energia criativa.
ADC: Sim, estou me forçando a terminar. Também estou usando esse momento para encontrar meu próximo projeto. Ainda não sei qual será, e essa incerteza é sempre um lugar interessante de se estar. Parte de mim fica ansiosa, mas outra parte pensa: “Qualquer coisa pode acontecer”. E isso é emocionante. Tento sempre me lembrar de abraçar essa incerteza.
Após o sucesso de Apple Cider Vinegar, da Netflix, a revista Wonderland conversou com a atriz australiana sobre seu papel na série de Samantha Strauss, que é ao mesmo tempo revoltante e instigante.
Confira a tradução logo abaixo:
Quando Alycia Debnam-Carey se conecta com a Wonderland – em uma manhã ensolarada da Califórnia, bem diferente do nosso fim de inverno nublado em Londres – ela está se recuperando de um fim de semana digno de um roteiro de Hollywood: glamour, conversas sobre a indústria e festas pós-Oscar. Exatamente onde ela deveria estar, considerando o imenso sucesso de seu papel mais recente na série Apple Cider Vinegar, da Netflix, criada por Samantha Strauss. O brilho dos holofotes não é novidade para a atriz nascida em Sydney, mas isso não significa que ela esteja imune a momentos de deslumbramento. “Jane Fonda no palco. Eu não cheguei a conhecê-la”, ela ri. “Mas se eu tivesse, provavelmente teria congelado.”
Apple Cider Vinegar se tornou uma das séries mais comentadas dos últimos meses. A produção de Strauss leva o público por uma jornada intensa ao contar a história de Belle Gibson (interpretada por Kaitlyn Dever), uma influenciadora australiana de bem-estar e empresária que, por volta de 2013, ganhou fama ao afirmar que estava controlando e vencendo um câncer cerebral por meio de um estilo de vida saudável. Com um aplicativo de sucesso, livros best-sellers e uma marca consolidada, Gibson construiu um império e abriu caminho para uma nova era de influenciadores de bem-estar — até que, em 2017, foi revelado que toda a sua história era uma farsa e que ela nunca teve câncer.
Alycia Debnam-Carey fala sobre o que significou interpretar Milla Blake, a fã que se torna rival de Gibson, o brilhantismo do roteiro de Strauss e o que vem a seguir para ela.
Você foi a alguma festa pós-Oscar neste fim de semana? Como foi?
Fui sim, tive muita sorte. Também fui ao SAG Awards este ano – foi o maior evento de tapete vermelho em que já estive, e foi incrível. É realmente um evento feito para os atores. Foi um daqueles momentos em que me dei conta: “Meu Deus, somos todos iguais”. Todos estavam muito felizes por estar lá e genuinamente animados por terem seu trabalho reconhecido e apreciado.
Você ainda se sente deslumbrada nesses eventos?
Com certeza. Jane Fonda no palco! Eu não a conheci, mas se tivesse conhecido, provavelmente teria congelado. E se algum dia eu conhecer George Clooney, acabou. Podem me enterrar na terra.
Este é um momento muito empolgante para você, com a série finalmente lançada. Como tem sido desde a estreia?
Tem sido muito empolgante, superou muitas das minhas expectativas. Aceitei esse projeto porque o roteiro era excelente, incrivelmente detalhado e complexo. Há muito tempo não lia roteiros tão bons, então fiquei animada para participar. Além disso, era uma história australiana única que ainda não tinha sido contada: a ascensão e queda dos influenciadores de bem-estar no início dos anos 2010, um período muito específico. Trabalhar com um elenco extraordinário foi outro grande atrativo. Mas você nunca sabe realmente se algo vai ter sucesso. Já trabalhei em projetos que amei, mas que não tiveram grande alcance ou impacto. Então aprendi a valorizar a experiência de trabalhar sem focar tanto no resultado.
Dito isso, nunca tive tantas pessoas entrando em contato comigo por causa de um projeto como este. Isso tem sido incrível. E, acima de tudo, me ensinou uma grande lição: você só precisa baixar a cabeça, fazer o trabalho e continuar crescendo, aprendendo e abraçando sua criatividade. No fim das contas, tudo depende de quem está assistindo e quando – e isso está totalmente fora do nosso controle. Então, me deu essa sensação bonita de que “as coisas acontecem quando têm que acontecer”, e este é um desses momentos especiais.
Você já conhecia os eventos reais que inspiraram Apple Cider Vinegar antes de entrar no projeto?
Na época, eu estava entre os Estados Unidos e a Austrália, mas definitivamente acompanhei o surgimento dos influenciadores de bem-estar nas redes sociais. Quando a história de Belle veio à tona – o fato de que ela mentiu para o público por tanto tempo – eu conhecia o caso, porque foi um grande escândalo na cultura pop e algo muito impactante na Austrália. O que me chamou atenção foi a maneira como Samantha Strauss encontrou um ponto de vista único nos roteiros. Não era apenas sobre a história de Belle; ela queria criar um personagem que fosse uma fusão de várias pessoas, explorando o que levaria alguém a sustentar uma mentira por tanto tempo e construir essa fachada. Além disso, a série aborda toda a indústria do bem-estar e da saúde. Acho que muitas pessoas ficaram impressionadas com a forma incrivelmente complexa como isso foi retratado, especialmente através de quatro personagens femininas. Sam é uma das minhas roteiristas favoritas, ela é simplesmente fenomenal.
Como você se preparou para esse papel? Houve materiais de pesquisa específicos ou você criou sua própria história de fundo para a personagem? Como eram seus dias de preparação?
Trabalhei com a Sam quando tinha 14 anos, em um episódio de Dance Academy. Desde então, deixamos uma impressão positiva uma na outra. Então, foi uma coincidência muito bonita e inesperada nos reencontrarmos neste projeto. Ela queria que eu fizesse um teste para este papel, e acabei entrando no final do processo para tentar. Era algo que fazia sentido para nós duas. Lembro das nossas primeiras conversas sobre a personagem. Era essencial que estivéssemos alinhadas sobre sua construção. Ela faz escolhas questionáveis e disruptivas, não é necessariamente uma personagem simpática, mas eu não queria retratá-la como uma vítima. Também não queria que parecesse que ela estava sendo controlada por algo maior. Ela tem uma relação complicada com culpa e vergonha, mas também é movida por ambição e uma vontade feroz de se corrigir.
Para a pesquisa, mergulhei no universo dos influenciadores de bem-estar da época. Foi um período muito específico, nos primórdios das redes sociais, sem as regras que temos hoje. Ainda temos problemas nesse sentido, mas há mais consciência sobre os riscos. Li muitos blogs antigos, encontrei perfis antigos no Instagram e vídeos no YouTube. Um amigo meu até tinha alguns dos livros dessas influenciadoras. Naquela época, poucas mulheres dominavam esse espaço, então fiz uma investigação profunda.
Você sentiu dificuldade em se desligar do peso emocional da história? Tem alguma forma de descompressão após interpretar papéis tão intensos?
Esse foi difícil, não vou mentir. Às vezes é mais fácil, mas nesse caso foi pesado. Eu costumo tomar banho assim que chego em casa ou ouvir música para mudar meu estado de espírito. Mas essa história ficou comigo por um tempo. Só quando terminamos as filmagens é que consegui me desvencilhar completamente. Outra coisa que notei foi como essa história ressoava para tantas pessoas. Durante as filmagens, muitas pessoas compartilhavam experiências similares, porque todos nós conhecemos alguém que passou por algo assim. Isso tornou tudo ainda mais real e intenso.
Para você, filmar na Austrália teve um gostinho de volta para casa?
Foi a melhor coisa. Eu amo trabalhar na Austrália. Se você conversar com qualquer ator australiano, todos dizem que o sonho é poder trabalhar no próprio país. Temos as melhores equipes e um talento incrível. Além disso, eu podia estar perto da minha família. Há algo muito especial e intuitivo em filmar lá. Sinto-me muito sortuda por ter trabalhado em dois ótimos projetos recentemente.
E olhando para o futuro, o que vem a seguir?
Meu objetivo sempre foi fazer um filme dramático na Austrália. Não sei por que, mas quando era mais nova, minha ideia de sucesso era atuar em um daqueles filmes australianos intensos, porque foi com isso que cresci. Gostaria de participar de algo no estilo de Animal Kingdom ou de qualquer filme do Baz Luhrmann. Esse é um dos meus maiores objetivos.
Para chegar às salinas do Lago Gairdner a partir do escritório da ELLE, são necessárias duas horas de voo de Sydney para Adelaide, seguidas por uma hora em uma pequena aeronave que mais parece um brinquedo de controle remoto. Para a segunda parte da jornada, a equipe de moda passou semanas pesando e reorganizando as malas, pois o avião é tão pequeno que cada quilo conta.
A tensão é palpável devido à importância da distribuição de peso, rendendo piadas sobre não jantar demais na noite anterior, seguidas de risadas nervosas. A aeronave estará repleta da coleção primavera/verão 2025 da Christian Dior, então, caso algo dê errado, eles aterrissariam em meio a um mar de tule — salvos pela Dior! E mais risadas nervosas. Mas nada disso acontece, pois estão sob os cuidados da experiente piloto Ellen Franklin, que realiza um pouso suave em uma remota estação de ovelhas, sem atropelar nenhum canguru (existe algo mais australiano que isso?).
Depois de “beijar o chão” (pode-se dizer) e mandar mensagens para seus entes queridos, o grupo segue em um veículo 4×4 por uma hora em uma estrada de terra. O cenário parece monótono, até que, após uma curta caminhada, surge uma deslumbrante lagoa branca cercada por colinas de terra vermelha. Parece surreal. Quanto mais se aproximam, mais a paisagem se expande, lembrando uma poça que escorre sob a porta do banheiro. O lago parece congelado, mas o calor é implacável — afinal, este é o deserto.
A cintilante lagoa salgada proporciona o pano de fundo perfeito para os brilhos e franjas reluzentes da Dior. Também é o cenário ideal para a primeira capa impressa de Alycia Debnam-Carey na ELLE. (Ela já havia sido capa digital no relançamento da revista um ano antes.) Pegamos a atriz australiana em uma breve visita ao seu país natal. Nascida em Sydney, ela vive e trabalha em Los Angeles há uma década, mas sempre que surge a chance de atuar na Austrália, ela aceita. Recentemente, gravou The Lost Flowers of Alice Hart no interior do Território do Norte e Apple Cider Vinegar em Melbourne e nas Montanhas Dandenong. “É maravilhoso poder trabalhar em casa”, diz Debnam-Carey. “Atuar com meu próprio sotaque e com equipes australianas foi muito especial. É um privilégio, especialmente quando a história faz parte da nossa cultura.”
Apple Cider Vinegar é uma minissérie de seis episódios baseada na ascensão e queda da primeira golpista do bem-estar no Instagram, Belle Gibson. Em 2013, nos primórdios da rede social, a jovem mãe solteira conquistou uma grande base de fãs ao afirmar ter curado seu câncer cerebral terminal com uma dieta natural, além de arrecadar fundos para caridade. Dois anos depois, tudo desmoronou quando uma investigação jornalística revelou que nenhuma doação havia sido feita e que seu câncer era duvidoso. Em 2015, Gibson admitiu a farsa — parcialmente — e sumiu.
Alycia interpreta Milla, uma influenciadora de bem-estar que realmente tem câncer e alega ter se curado com sucos e enemas de café. O seriado reforça e esclarece que certos personagens e eventos foram ficcionalizados. Milla lembra uma influenciadora real da época, mas a Netflix afirma que ela é uma junção de várias figuras daquele período.
O que atraiu Debnam-Carey para esse papel foi a exploração psicológica do desespero humano e da manipulação desse sofrimento. “A roteirista Samantha Strauss é especialista em criar personagens complexos e difíceis sem julgá-los abertamente”, diz ela. O objetivo do seriado não é absolver Belle e Milla, mas entender suas motivações. Sem essa compreensão, não há avanço.
Apple Cider Vinegar revisita o início dos anos 2010, mas não chega a ser uma obra de época, pois pouca coisa mudou. “Só mudaram os filtros e a iluminação”, brinca Debnam-Carey. O seriado também reflete sobre a medicina moderna, que muitas vezes falha em oferecer acolhimento humano, e sobre a indústria do bem-estar, que se tornou sinônimo de medicina alternativa e culpa. A retórica diz que bem-estar é um estado mental — se você não está bem, a culpa é sua.
Desde pequena, Debnam-Carey esteve cercada pela criatividade. Cresceu em Canterbury, Sydney, onde seu pai era músico de estúdio e sua mãe escrevia para programas infantis de TV. Aos oito anos, atuou no curta-metragem Martha’s New Coat e, indecisa entre a música e a atuação, estudou percussão clássica na Newtown High School of the Performing Arts. Tocou com a Filarmônica de Berlim na Ópera de Sydney e se preparava para ingressar no Conservatório de Música quando tomou sua decisão: “Vou para Los Angeles ser atriz”, declarou a seu professor. Um ano depois, ela fez exatamente isso.
Aos 18 anos, participou do reality Next Stop Hollywood enquanto tentava a sorte nos EUA. Conseguiu papéis em The Devil’s Hand, The 100 e Fear the Walking Dead, consolidando sua carreira com personagens fortes e complexos.
Agora, com Apple Cider Vinegar, ela se desafia novamente. A série poderia facilmente ser um drama sombrio sobre o câncer, mas sua abordagem lembra um feed de Instagram: colorido por fora, devastador por dentro. “Já fiz muitos papéis sombrios. Preciso parar”, brinca Alycia. “Mas sou atraída por personagens complexos. Agora, só falta uma comédia!”
A minissérie ‘Vinagre de Maçã’ está disponível na Netflix.
Tradução e Adaptação: Marina Brancher, Nali Moura – ADCBR.
Para sua matéria de capa da ELLE Austrália, a estrela de Apple Cider Vinegar, Alycia Debnam-Carey, foi levada para as brilhantes salinas do Lago Gairdner, no sul da Austrália. Era um ambiente único para uma maquiadora trabalhar, sob a luz do sol branca ofuscante e um calor inacreditável. A maquiadora Nadine Monley lutou contra os elementos e criou um brilho hidratado e bronzeado para Alycia no meio do deserto australiano (se ela consegue fazer isso lá, nós conseguimos em qualquer lugar). Nesta entrevista, Debnam-Carey e Nadine Monley compartilham os detalhes sobre como criar o glamour definitivo no outback.
Alycia Debnam-Carey: Eu nunca tinha ido às salinas antes. Quando recebi uma ligação sobre isso, pensei: Incrível, vamos lá. É um lugar tão extraordinário; não há nada igual.
Nadine Monley: Essa foi minha primeira vez lá também. Nós voamos em um pequeno avião e do ar você percebe o quão remoto é.
ADC: O ambiente parece outro planeta. É um tipo de coisa do fim da Terra.
NM: Houve desafios porque não tínhamos serviço telefônico, então tivemos que usar walkie-talkies para nos comunicar. Mas foi realmente muito especial. Você pode ver nas fotos: elas são tão emocionantes e lindas. Alycia, você realmente trouxe essa magia. Honestamente, você foi incrível.
ADC: Tínhamos uma equipe tão boa. Poder fotografar lá com [a fotógrafa] Nicole Bentley, que eu adoro desde sempre, foi incrível. Fiz uma das minhas primeiras fotos com ela quando tinha 20 anos, e ainda é uma das minhas favoritas até hoje. Trabalhar com ela novamente, 10 anos depois, foi um prazer. E então com você fazendo a maquiagem, Nadine, foi maravilhoso.
NM: A maquiagem naquela luz era incrivelmente linda. A luz realmente incide diferente ali.
ADC: Sim, um deserto de sal é como um refletor gigante. Filmamos à noite e bem cedo pela manhã, então você tem esses dois perfis de luz diferentes.
NM: Usamos muito protetor solar! Estava muito quente, não estava? Também apliquei muito Dior Capture Day Crème e Le Sérum . Às vezes, até por cima da maquiagem, porque sua pele estava absorvendo tudo. O tratamento de pele foi incrível para dar à sua pele aquele brilho.
ADC: Fui ver [a especialista local em pele da Dior] Diandra Politano para um tratamento facial no dia anterior, então fiz uma preparação muito boa, o que ajudou a manter minha pele hidratada naquele ambiente.
NM: Você tem uma pele tão incrível; isso facilitou meu trabalho. Era realmente sobre uniformizar sua pele e adicionar brilho. Apliquei Dior Capture Day Crème e Le Sérum em todo o rosto, misturando um toque de Dior Forever Glow Star Filter com ele. Depois Dior Forever Hydra Nude Foundation por cima… com um pincel, depois minhas mãos porque ajuda a aquecê-lo. Adorei que o acabamento parece pele.
ADC: O calor e a hidratação fizeram com que a maquiagem parecesse realmente vivida, o que ficou lindo.
NM: É sempre uma hora depois de aplicar a maquiagem que ela realmente começa a derreter. Depois disso, eu só preciso retocá-la.
ADC: Adorei o conceito que tínhamos de bochechas varridas pelo vento, quase queimadas, e aquele lábio borrado. Era dourado sem esforço, com uma sensação beijada pelo sol. Nós realmente amplificamos aquelas bochechas coradas.
NM: Usei bastante a paleta Dior Rouge Blush Colour & Glow em 757 Wildior para obter aquela sensação levemente queimada pelo sol. Acho que em um local tão amplo e desolado, você pode aumentar a maquiagem. Para os lábios, usei Rouge Dior Veil em Dentelle e Voile de Rose. Usei um pincel para aplicar, mas depois dei batidinhas na cor com os dedos para não ficar muito elegante.
ADC: As cores [do batom Rouge Dior Veil] eram tão lindas. O batom derrete nos lábios muito bem. Como você disse, não queríamos algo preciso. Queríamos que o lábio fosse esfumado, mas de uma forma muito chique e sem esforço.
NM: Quais são alguns dos seus produtos favoritos da Dior Beauty?
ADC: Eu tenho um milhão de Dior Addict Lip Glow Oils. É um pouco um vício. Eu amo os blushes Rosy Glow e uso o Dior Capture Totale Le Sérum diariamente.
NM: Você pode usar muita maquiagem e parecer que não é muita coisa. Sua pele continuou absorvendo tudo. O visual da maquiagem se tornou cada vez mais vivido. Eu fiz o que achei que ficaria bonito usando a luz da [fotógrafa] Nicole Bentley. Para mim, nunca é sobre uma coisa só.
ADC: A moda também era empoderadora. A Dior tem um componente tão forte de empoderamento feminino. Em cada coleção, [a diretora criativa da Dior] Maria Grazia Chiuri mostra a força das mulheres. Esta coleção primavera/verão 2025 da Dior parece realmente poderosa. Um dos meus favoritos foi o macacão. Ele tinha uma única alça de cabo e uma sensação quase de melindrosa. Era tão fofo, sedutor e sexy, ao mesmo tempo em que era atlético. A outra peça que eu amei foi o vestido preto ombro a ombro. Foi um verdadeiro show-stopper para terminar.
NM: Havia uma arte linda na maneira como você se movia com as roupas.
ADC: Dançar é algo que eu fazia até os meus 15 anos. Agora é mais um truque que eu posso usar para sessões de fotos. A moda tinha muitos detalhes interessantes, como borlas e miçangas, então usar movimento dinâmico funcionou. É incrível quando eu tenho a liberdade de poder fazer isso.
Há 10 anos, o ADCBR nasceu com um propósito: conectar fãs da incrível Alycia Debnam-Carey e trazer as melhores informações sobre ela. Foi uma década repleta de momentos marcantes, conquistas emocionantes e a construção de uma comunidade apaixonada. Durante essa jornada, tivemos o privilégio de acompanhar sua carreira e compartilhar cada novidade com vocês. E nosso compromisso continua firme! Queremos seguir por muitos anos, sempre entregando conteúdo de excelência para vocês, que fazem parte dessa história.
Foram muitos momentos incríveis ao longo dessa jornada, tanto na carreira da Alycia quanto aqui no nosso fansite. Para celebrar essa história, preparamos uma pequena retrospectiva com os melhores momentos e, ao final, um sorteio especial feito com todo o carinho, pensando em vocês, que nos acompanham e apreciam o nosso trabalho!
Fundado em 2015, o Alycia Debnam-Carey Brasil nasceu da paixão e dedicação de fãs pela talentosa atriz australiana. Inicialmente criado como uma plataforma para compartilhar notícias e curiosidades sobre sua carreira, o site evoluiu ao longo dos anos, se tornando um verdadeiro ponto de encontro virtual para admiradores de Alycia em todo o Brasil.
Em 2018, Alycia presenteou os fãs brasileiros com uma visita memorável. Ela veio ao Brasil junto com seu colega Colman Domingo para promover Fear The Walking Dead, e sua passagem foi marcada pela energia vibrante e o entusiasmo dos fãs! Ana, na época integrante do fansite, realizou o sonho de conhecer Alycia e Colman em um evento de divulgação da série, junto a um grupo de fãs!
Alycia Debnam-Carey expressou gratidão ao ADCBR em um vídeo gravado pelo Fear The Walking Dead Brasil, agradecendo pelo presente e apoio constante em seu trabalho e carreira.
Em 2020, no seu aniversário de 27 anos, a equipe do ADCBR preparou um vídeo no qual os integrantes da equipe enviaram uma mensagem para celebrar um dia tão especial. Como forma de agradecimento, a atriz curtiu e comentou na postagem:
Em 2021, o ADCBR surpreendeu seus seguidores com um sorteio do perfume Amazing Graceautografado pela atriz (quem lembra?!). Os fãs tiveram a oportunidade única de participar e concorrer a essa fragrância especial!
Em 2023, para celebrar o aniversário de 30 anos da Alycia, o ADCBR realizou um podcast contendo 30 episódios, sendo cada um deles compostos por mensagens de fãs que admiram a atriz.
E durante toda uma década, vimos Alycia ir de Lexa para Alicia Clark; assistimos ela emocionar em Saint X e As Flores Perdidas de Alice Hart; acompanhamos a popularidade da Nikki em Identidades em Jogo; e mal podemos esperar para ver o sucesso de Milla, em sua nova série da Netflix: Vinagre de Maçã!
Acompanhar a Alycia e trazer todas as notícias para todos os fãs brasileiros tem sido algo incrível, e o ADCBR agradece imensamente por todo o carinho. E sabe o que é mais legal disso tudo? Um sorteio quentinho saindo do forno, especialmente para vocês! Querem saber como participar? Sigam todas as instruções abaixo:
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Data do sorteio: 10 de março
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